sábado, julho 11, 2009

Visita de José Saramago a Castelo Rodrigo

Fotos e texto copiados daqui com a devida vénia
Brochura da CMFCR sobre a viagem de José Saramago, prémio Nobel da Literatura, ao concelho.
https://aviagemdoelefante.files.wordpress.com/2011/07/brochura_fcr.pdf







Agora só faltava Castelo Rodrigo. O presidente da câmara municipal de Figueira de Castelo Rodrigo esperava-nos na ponte sobre o Côa, a pouca distância de Cidadelhe. De Castelo Rodrigo eu conservava a imagem de há trinta anos, quando lá fui pela primeira vez, uma vila velha decadente, em que as ruínas já eram só uma ruína de ruínas, como se tudo aquilo estivesse a desfazer-se em pó. Hoje vivem 140 pessoas em Castelo Rodrigo, as ruas estão limpas e transitáveis, foram recuperadas as fachadas e os interiores, e, sobretudo, desapareceu a tristeza de um fim que parecia anunciado. Há que contar com as aldeias históricas, elas estão vivas. Eis a lição desta viagem.
José Saramago


2 comentários:

Leonel Salvado disse...

Não se trata de um comentário particular ao post.
Navegando em busca de sites e demais links que envolvem nomes como Pedro Jacques de Magalhães ou outros da mesma linhagem, foi com grande satisfação que descobri o seu blogue dedicado a Castelo Rodrigo, sua terra natal, que muito aprecio, não só pelo entusiasmo com que recolhe e divulga informações dos eventos que aí têm lugar, mas também pelo modo claro e simples como expõe os dados compilados numa combinação entre o mito e a realidade, que é o que convém aos filhos da terra que se encontram deslocados pelo mundo e anseiam por imagens e notícias. Eu passei a minha mocidade em Figueira , terra natal de meu pai, recentemente falecido , residi, e minha mãe ainda reside, numa velha casinha junto à capela de Nossa Senhora da Conceição que faz parte da freguesia de Castelo Rodrigo, aldeia histórica que sempre me fascinou e de onde foram naturais alguns dos meus antepassados, pelo lado de minha avó paterna, como foi o caso de uma tal Maria Cebola, minha tetravó, que aí foi mãe solteira – contingências do quotidiano típico das praças militares em que a natural tentação da soldadesca dava azo a escapadelas com consequências do género, conjecturo eu – o que encaro como um facto simplesmente curioso que não deve beliscar a dignidade, honra e orgulho nos antepassados da parte de ninguém.
Aproveitei ainda a oportunidade para dar uma espreitadela (à pressa) aos restantes blogues, onde publica as suas memórias de Moçambique que fazem com que me sinta na obrigação de lhe render as minhas homenagens pela coragem que manifesta em contar a sua invejável experiência de vida, cujo sentido nostálgico consigo compreender, porque nasci no Xai-Xai (João Belo) em 1962, residi em Marriguane (Manjakaze), depois em Chidenguele e finalmente na Matola (Loureço Marques).
Obrigado pelo excelente serviço que presta à sociedade!
Os melhores Cumprimentos

Luisa Hingá disse...

Muito obrigada pelas suas palaras.
Volt sempre.
Maria Luísa Morgado Hingá